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Navio de guerra atraca no Canal do Panamá

Um navio de guerra dos Estados Unidos atracou no Canal do Panamá nesta sexta-feira (29), marcando o fortalecimento da presença militar americana no Caribe. A operação integra uma mobilização de sete navios de guerra e um submarino nuclear, reunindo mais de 4.500 militares entre marinheiros e fuzileiros navais.

Segundo o governo norte-americano, a ação tem como objetivo combater cartéis de drogas na América Latina, intensificando o monitoramento de rotas usadas pelo narcotráfico. O presidente Donald Trump afirmou que o combate ao crime organizado é uma prioridade de sua gestão, enquanto assessores da Casa Branca reforçam que a operação busca desmantelar organizações criminosas transnacionais.

Impacto geopolítico e questionamentos

Apesar do discurso oficial, especialistas avaliam que a eficácia da operação pode ser limitada, já que grande parte das drogas que chegam aos Estados Unidos entram por rotas aéreas ou pelo Pacífico, e não pelo Caribe.

Na Venezuela, a movimentação foi interpretada como uma ameaça direta. O governo de Nicolás Maduro denunciou a presença militar dos EUA como violação de tratados internacionais, especialmente após Washington aumentar para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão do presidente venezuelano sob acusações de envolvimento com o tráfico de drogas.

Canal do Panamá: ponto estratégico mundial

O Canal do Panamá é uma das rotas marítimas mais importantes do mundo, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. O aumento da presença militar dos EUA na região gera preocupação não apenas na América Latina, mas também em outros países com interesses comerciais na passagem, como China e Rússia.

A movimentação americana mostra que a região volta a ser palco de disputas geopolíticas, com possíveis reflexos no comércio global e nas relações diplomáticas entre Washington e Caracas.

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