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China Executa Quatro Canadenses por Tráfico de Drogas

Nesta quarta-feira, o governo do Canadá condenou firmemente a execução de quatro cidadãos canadenses na China, acusados de envolvimento com tráfico de drogas. A medida foi recebida com grande indignação por Ottawa, que havia solicitado clemência para os condenados.

Reação do Governo Canadense

A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly, expressou profunda preocupação e tristeza com as execuções, ressaltando que o Canadá se opõe à pena de morte em qualquer circunstância. “Estas execuções são irreversíveis e incompatíveis com a dignidade humana básica”, declarou Joly em um pronunciamento oficial.

Tanto Joly quanto o ex-primeiro-ministro Justin Trudeau tentaram intervir para evitar a execução, mas seus apelos não foram atendidos pelo governo chinês. Segundo a ministra, o Canadá fez pedidos repetidos de clemência aos mais altos escalões do governo da China, mas não obteve resposta positiva.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Canadá, Charlotte MacLeod, garantiu que o governo canadense continuará trabalhando para proteger seus cidadãos detidos no exterior e buscará novas formas de diálogo diplomático com Pequim.

Detalhes sobre o Caso

Os quatro canadenses foram presos e condenados à morte na China sob acusações de tráfico internacional de drogas. As leis chinesas são conhecidas por sua severidade em crimes relacionados a entorpecentes, com punições que incluem penas de morte e longas sentenças de prisão para traficantes.

Um dos canadenses executados estava ligado ao caso de Robert Schellenberg, condenado em 2019 por suposto envolvimento com contrabando de drogas. Schellenberg recebeu inicialmente uma pena de 15 anos de prisão, mas sua sentença foi elevada para pena de morte após um novo julgamento, em meio a tensões diplomáticas entre China e Canadá.

Tensões Diplomáticas entre Canadá e China

As relações entre os dois países vêm passando por momentos de tensão desde a prisão da executiva da Huawei, Meng Wanzhou, no Canadá, em 2018, a pedido dos Estados Unidos. Pouco tempo depois, a China prendeu dois cidadãos canadenses sob acusações de espionagem, em um caso amplamente visto como retaliação.

A execução dos quatro canadenses pode agravar ainda mais essa crise diplomática. O Canadá tem buscado apoio de aliados para pressionar a China a reavaliar o uso da pena de morte, especialmente em casos envolvendo estrangeiros.

Condenação Internacional

Organizações de direitos humanos e diversos países ocidentais manifestaram repúdio à decisão chinesa. O uso da pena de morte por Pequim tem sido criticado por sua falta de transparência e por processos judiciais considerados injustos.

A Anistia Internacional classificou as execuções como um “terrível lembrete do uso brutal da pena de morte na China” e pediu mais transparência no sistema jurídico chinês.

Enquanto isso, o governo canadense continua pressionando a comunidade internacional para que a China reconsidere sua abordagem sobre execuções, reforçando seu compromisso com os direitos humanos e o respeito à vida.

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