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Bolsonaro no STF: Recusa Copo d’Água e Só Aceita Garrafa Lacrada em Julgamento por Golpe

Na manhã de 25 de março de 2025, a Primeira Turma do STF estava em silêncio, o ar carregado de expectativa. Jair Bolsonaro, ex-presidente, sentava-se na primeira fila, calado, os olhos fixos nos cinco ministros que decidiriam se ele e sete aliados – entre eles generais como Braga Netto e Augusto Heleno – se tornariam réus por tentativa de golpe de Estado. Era um dia histórico, e todos sabiam disso.

No meio da sessão, Fabio Wajngarten, seu advogado e assessor, ofereceu-lhe um copo d’água. Bolsonaro recusou com um gesto seco. Minutos depois, Wajngarten voltou com uma garrafa lacrada. O ex-presidente a abriu com um estalo e bebeu. ‘É sempre assim’, disse o advogado ao UOL, como se explicasse um ritual.

A oposição ironiza

A deputada Sâmia Bomfim, presente no plenário, não perdeu a chance de ironizar: ‘Irônico para quem é acusado de planejar envenenar os outros com água e comida’. Nas redes, um apoiador viu outro ângulo: ‘Ele não confia no sistema que quer destruí-lo’. Um ministro, sob anonimato, minimizou: ‘Foi só um gesto, mas tudo vira símbolo aqui’.

Num julgamento sobre a confiança na democracia, Bolsonaro não confiava nem na água que lhe ofereciam. A denúncia da PGR o acusa de tramar contra o Estado, mas ali, segurando sua garrafa, ele parecia tramar apenas contra o copo. Enquanto os votos eram contados, o silêncio dele ecoava mais alto que as palavras dos juízes

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