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Aumento da Alíquota de ICMS para Produtos Importados

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) acaba de aprovar o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para produtos importados, afetando diretamente os preços finais pagos pelos consumidores.

ICMS em Produtos Importados Aumenta: Entenda o Impacto no Seu Bolso

Recentemente foi aprovada uma mudança importante que vai afetar quem costuma comprar produtos importados. O aumento na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para produtos importados foi oficializado. O que isso significa para você? Em resumo, você vai pagar mais impostos sobre as compras internacionais que fizer em plataformas como AliExpress e Shein. Se já estava difícil importar produtos com tantas taxas, agora ficou ainda mais complicado.

Vamos explicar tudo de forma simples e direta para que você entenda o que mudou, como isso afeta suas compras e quais são as expectativas para o futuro. Infelizmente, as notícias não são nada animadoras.


O Que Mudou no ICMS para Produtos Importados?

O ICMS, que já era de 17%, passou para 20%. No início, havia uma proposta de aumento para 25%, mas foi aprovado um valor um pouco menor. Embora 20% pareça uma “vantagem” em comparação com o valor original sugerido, na prática é mais uma carga tributária que recai sobre o consumidor.

Essa decisão foi tomada durante a 47ª reunião do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), órgão que define políticas fiscais no Brasil. Agora, a mudança precisa ser aprovada pelos estados, mas a expectativa é de que todos confirmem a nova alíquota, já que isso significa mais arrecadação para os governos estaduais.

A medida entra em vigor em 1º de abril de 2025.


Por Que Esse Aumento?

Segundo o manifesto do Confaz, o aumento é necessário para “proteger a competitividade do comércio interno e da indústria nacional”. Em outras palavras, a justificativa oficial é que o aumento visa equilibrar a concorrência entre produtos importados e os vendidos no Brasil.

No entanto, para os consumidores, o aumento de imposto significa pagar ainda mais caro por produtos que muitas vezes nem estão disponíveis no mercado nacional. Esse é o caso de muitos eletrônicos, acessórios e artigos de moda que só encontramos em sites internacionais.


Mais Aumentos Podem Vir?

Sim! Esse aumento de 20% provavelmente não será o último. A própria declaração do Confaz menciona que serão feitos “ajustes periódicos”. Traduzindo: de tempos em tempos, novas taxas podem surgir.

O histórico recente já mostra isso:

  • Primeiro veio o Remessa Conforme, prometendo simplificar a cobrança de impostos.
  • Pouco depois, criaram uma taxa de 20% para produtos abaixo de 50 dólares, que antes eram isentos.
  • Agora, o ICMS subiu de 17% para 20%.

É bem provável que o próximo aumento atinja novamente os produtos de baixo valor ou o imposto de importação (que atualmente é de 60%) para mercadorias acima de 50 dólares.


Como Fica o Cálculo do Imposto?

Aqui está o grande problema: o imposto é cobrado sobre o valor total do produto + frete + outras taxas, e ainda há incidência de imposto sobre imposto. Vou explicar com um exemplo para ficar mais fácil entender.

Exemplo 1: Produto de 50 Dólares

Se o dólar estiver a R$ 6, um produto de 50 dólares vai custar R$ 300. Veja como o imposto seria calculado:

  • Imposto de importação (20%): R$ 60
  • Subtotal: R$ 360
  • ICMS (20%) sobre o subtotal: R$ 72

Total final: R$ 432
Ou seja, você pagaria 44% de imposto sobre o valor inicial do produto.


Exemplo 2: Produto de 100 Dólares

Agora, imagine um produto de 100 dólares (R$ 600). O cálculo seria assim:

  • Imposto de importação (60%): R$ 360
  • Subtotal: R$ 960
  • ICMS (20%) sobre o subtotal: R$ 192

Total final: R$ 1.152
O que antes era R$ 600 se transforma em R$ 1.152, um aumento de quase 92% só em impostos.


O Que Esperar do Futuro?

A tendência é de que mais aumentos venham nos próximos anos. Isso deve tornar as importações cada vez menos viáveis, principalmente para produtos eletrônicos, que já sofrem com o impacto do dólar alto. Algumas empresas chinesas, como o AliExpress, já avisaram que o preço final para os consumidores brasileiros deve aumentar ainda mais.

Além disso, com o dólar batendo recordes, o impacto não será sentido apenas nas importações. Mesmo os produtos vendidos no Brasil, que dependem de componentes internacionais, vão subir de preço.


A Importância da Competição

Quando produtos importados são facilmente acessíveis, o comércio local precisa competir oferecendo preços mais baixos e produtos de melhor qualidade. O aumento das taxas reduz essa concorrência, limitando as opções para o consumidor. Em última análise, isso significa menos variedade, preços mais altos e menos inovação.

Sim, o comércio local precisa ser protegido, mas isso deveria ser feito de forma equilibrada, com impostos justos, e não sobrecarregando o consumidor.


O Problema Maior: Gestão de Gastos Públicos

O aumento constante de impostos mostra uma realidade preocupante: o governo não está cortando seus próprios gastos. Em vez disso, prefere aumentar a arrecadação e transferir o peso para o cidadão. Imagine que você tem um orçamento apertado em casa. O mais lógico seria reduzir seus gastos, certo? Mas, no caso do governo, a solução encontrada é sempre pedir mais dinheiro ao contribuinte.


O Que Fazer Agora?

Infelizmente, não há como fugir completamente dos impostos, mas você pode tomar algumas medidas para amenizar o impacto:

  1. Acompanhe promoções e descontos.
    • Entre em grupos de ofertas e use ferramentas que alertam sobre quedas de preço.
  2. Planeje suas compras.
    • Se possível, antecipe compras importantes antes que o novo aumento entre em vigor.
  3. Pesquise bastante antes de comprar.
    • Compare preços em diferentes lojas e plataformas para garantir o melhor custo-benefício.

Conclusão

O aumento do ICMS para produtos importados é mais uma pedra no caminho para quem depende das importações. Embora a justificativa seja proteger a indústria nacional, o resultado prático é menos opções e preços mais altos para o consumidor.

Fique de olho nas mudanças e sempre busque alternativas para economizar. E lembre-se: cobrar mais transparência e eficiência do governo é fundamental para que o Brasil tenha um sistema tributário mais justo.

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