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Anistia e Impasse no Congresso

Desconfiança entre Câmara e Senado

As negociações sobre a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro continuam travadas no Congresso Nacional. Segundo parlamentares, existe receio de que, mesmo que a medida seja aprovada na Câmara dos Deputados, acabe sendo rejeitada ou modificada pelo Senado, criando novo impasse político.

Esse temor se acentuou após a derrubada da PEC da Blindagem pelos senadores, movimento considerado por muitos deputados como uma quebra de acordo. O episódio reforçou a percepção de que há resistência em parte da Casa Alta em endossar decisões tomadas pela Câmara.

Tentativas de Negociação de Paulinho da Força

Na semana passada, o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), buscou avançar nas conversas com as lideranças do Congresso. Ele tentou organizar uma reunião com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, mas o encontro acabou adiado para a noite e, no fim, não aconteceu.

Paulinho tinha a intenção de apresentar já no dia 29 um texto substitutivo que previa ajustes na dosimetria das penas dos condenados. No entanto, diante da falta de consenso e da dificuldade de unificar as bancadas, a entrega do parecer deve ser adiada.

Impacto na Pauta Econômica

As discussões em torno da anistia também afetam o calendário de outras votações importantes. Alguns parlamentares apontam que o debate pode atrasar a análise da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, assegurou que a pauta da anistia não está vinculada a outros projetos e garantiu que a votação da isenção será mantida para a próxima semana. Mesmo assim, interlocutores no Congresso não descartam mudanças de última hora que possam impactar o cronograma.

Perspectivas

Por enquanto, Paulinho da Força continua em busca de um texto unificado que seja capaz de atender às demandas das diferentes bancadas, tanto governistas quanto da oposição. A falta de consenso, porém, sugere que as negociações podem se estender, atrasando ainda mais a definição sobre o futuro da proposta de anistia.

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